Sempre vivi em busca das minhas raízes. Mas nunca ouvi nenhuma história sobre ela.
Primeiro meu avô paterno nascido na Argélia em 1912 colónia Francesa, veio para o Brasil com apenas 7 anos, e após mais de 50 anos de sofrimento na roça e com sintomas de Alzheimer morreu sem deixar vestígios.
Minha avó paterna não nasceu na Europa mas tinha descendência Portuguesa, era portuguesa com certeza. Sua relação com as pessoas nunca foi lá muito carinhosa e sim sempre na "ponta dos pés" como meu pai dizia. Ficou órfã de mãe aos 7 anos e como era a mais velha tomou para si a responsabilidade de cuidar do pai, dos irmãos, dos afazeres domésticos e ainda tinha que trabalhar na roça para ajudar no sustento da família, eram dias difíceis. Quase não sabia nada, era analfabeta, não sabia cozinhar e quanto a bordar, costurar, croché e outras "prendas" passaram longe da vida dela. Mas sobreviveu e deixou sua marca nos que conheceu. (comigo foi uma pena, mas fiquei frustrada)
Agora a parte mais obscura, pois meu avós maternos não cheguei a conhecer. Meu avó eu soube que foi uma pessoa muito dura, tanto que assim que minha mãe e minha tia, irmã mais velha da minha mãe, encontraram emprego aqui em São Paulo retornaram a alguma cidadezinha no interior para buscar minha avó e os outros irmãos deixando apenas uma trouxa de roupa do meu avô no centro da sala da casa onde moravam. Hoje com ajuda do Santo Google descobri que o sobrenome do meu avó vem de uma família de origem italiana da região da Toscana.
A minha avó materna sei um pouquinho mais ou não, sei lá. Minha mãe nunca comentou se minha avó tinha nascido aqui ou em outro lugar do mundo ou mesmo do Brasil. Houve apenas alguns comentários sobre a mãe dela ou seja da minha bisavó. Primeiro que era Espanhola aparentemente uma pessoa alegre de bem com a vida e segundo que tinha como companheiro, um negro, naquele tempo imagina o preconceito que viverão. Nunca ouvi comentários se ele era meu bisavô mas ficou implícito que era uma pessoa boa.
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