quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cigana, será?

A coisa mais legal que me aconteceu nos últimos meses. Saber que tenho a possibilidade de ser cigana.
Estava demorando pra uma coisa assim acontecer, não que eu não goste das outras descendências mas e que é um fato novo na minha vida. Sempre convivi com as opções anteriores mas ser cigana é uma opção que nunca tive.
Tudo começou quando meu filho me perguntou sobre uns pontinhos, quase bolinhas, vermelha que tenho espalhadas pelo meu corpo e que nos últimos anos cresceu em quantidade. Em busca de saber o nome dos tais pontinhos comecei a procurar com a ajuda do Santo Google e descobri que são angiomas, terminações sanguíneas na pele que prejudica somente a estética que são originais de pessoas especialmente ibéricas. E pessoas ibéricas são aquelas de natureza espanhola. Pesquisando mais e profundamente descobri que o povo espanhol foi formado por vários povos de diferentes origens, desde da Ásia até a África que migraram e fixaram-se na região ibérica dando origem também aos ciganos que por seguirem uma religião pagã diferente do cristianismo viviam livres e não fixava moradia, sua casa era a própria natureza.
Eu aqui comecei a repensar coisas que sempre quis, como por exemplo, desde que era criança eu queria ir embora, não sabia para onde só imaginava que deveria ir embora, sair dali, daquele lugar, infelizmente não pude realizar essa minha vontade, mesmo hoje muitas vezes fico pensando..... vou!
Minha mãe muitas vezes exclamou: Parecíamos ciganos, moramos em muitas cidades quando eu era pequena, parece que cada ano era um lugar novo!
Também tenho paixão por comida com frutos do mar e apimentada, achava que tinha um pé na Bahia, devia ter nascido em lugar errado, meu lugar era a beira mar. Cabelos escuros e sempre compridos até a cintura, saias até os tornozelos e uma vontade louca de andar com os pés no chão. Tudo relacionado a adivinhações me chama atenção, tenho até um livro que ensina a ler mãos que comprei a mais de dez anos e olha ai eu vestida como cigana em uma festa a fantasia há dois anos atrás, unhas vermelhas, musica espanhola. Meu marido sempre me chamou de cigana pela maneira que sou. Acampar, ficar olhando o céu a noite, o quebrar das ondas, o balanço das árvores com o vento, a brisa e a terra, a água de uma nascente ou um rio, o fogo crepitando, eu nem imaginava.
Espero que os meus devaneios sejam reais!

Genética apenas.

Bom, depois da postagem anterior, continuo a ter muitas dúvidas, como por exemplo: qual ou quais serão os genes que estão no meu DNA?
Sigo somente por ideias que me surgem conforme amadureço ou sou questionada.
Um dia desses uma pessoa me disse que eu tinha um pé na cozinha ou seja, que havia alguém negro na minha família pois eu tenho lábios carnudos, características de pessoas negras. Fica ai uma pista.?!
Bigode, odeio. Tenho uns pelinhos nos cantinhos dos lábios, não me incomoda, mas, com pouca frequência os retiro. Tenho poucos amigos, sabe aqueles que convivem com você desde a infância? Seria origem portuguesa.?!
Gosto muito das coisas certas e justa, as vezes fico em uma montanha russa de sentimentos principalmente de raiva e nervoso que rapidamente passa para desprezo e depois para a alegria. Tenho uma certa quedinha para homens morenos, cor marrom. Tenho também uma certa habilidade em cozinhar, invento, copio e acrescento ingredientes que faz com que a comida fique saborosa, ninguém reclama e todos pedem repetição. Além é claro de ser muito mama, gosto quando a família está reunida, comendo, brincando, conversando, dançando e até mesmo brigando, todos juntos falando ao mesmo tempo, todos tem razão e não dão braço a torcer, quero todos sempre perto e em baixo da minha saia. A quem eu poderia ter herdado tais características.?!
Ao meu avô francês acho que não tive a sorte de sua genética. Eu bem que poderia ser magrinha e com olhos azuis mas talvez tenha ficado com a parte da mediação. Muitas vezes eu fico em cima do muro para tentar resolver os problemas e não deixar ninguém triste ou magoado além de ficar tentando promover a reconciliação das pessoas assim como o meu avó.

ORIGENS!

Sempre vivi em busca das minhas raízes. Mas nunca ouvi nenhuma história sobre ela.
Primeiro meu avô paterno nascido na Argélia em 1912 colónia Francesa, veio para o Brasil com apenas 7 anos, e após mais de 50 anos de sofrimento na roça e com sintomas de Alzheimer morreu sem deixar vestígios.
Minha avó paterna não nasceu na Europa mas tinha descendência Portuguesa, era portuguesa com certeza. Sua relação com as pessoas nunca foi lá muito carinhosa e sim sempre na "ponta dos pés" como meu pai dizia. Ficou órfã de mãe aos 7 anos e como era a mais velha tomou para si a responsabilidade de cuidar do pai, dos irmãos, dos afazeres domésticos e ainda tinha que trabalhar na roça para ajudar no sustento da família, eram dias difíceis. Quase não sabia nada, era analfabeta, não sabia cozinhar e quanto a bordar, costurar, croché e outras "prendas" passaram longe da vida dela. Mas sobreviveu e deixou sua marca nos que conheceu. (comigo foi uma pena, mas fiquei frustrada)
Agora a parte mais obscura, pois meu avós maternos não cheguei a conhecer. Meu avó eu soube que foi uma pessoa muito dura, tanto que assim que minha mãe e minha tia, irmã mais velha da minha mãe, encontraram emprego aqui em São Paulo retornaram a alguma cidadezinha no interior para buscar minha avó e os outros irmãos deixando apenas uma trouxa de roupa do meu avô no centro da sala da casa onde moravam. Hoje com ajuda do Santo Google descobri que o sobrenome do meu avó vem de uma família de origem italiana da região da Toscana.
A minha avó materna sei um pouquinho mais ou não, sei lá. Minha mãe nunca comentou se minha avó tinha nascido aqui ou em outro lugar do mundo ou mesmo do Brasil. Houve apenas alguns comentários sobre a mãe dela ou seja da minha bisavó. Primeiro que era Espanhola aparentemente uma pessoa alegre de bem com a vida e segundo que tinha como companheiro, um negro, naquele tempo imagina o preconceito que viverão. Nunca ouvi comentários se ele era meu bisavô mas ficou implícito que era uma pessoa boa.